A primeira pergunta que devemos nos fazer é: Quem gosta de casa suja? Já sabemos a resposta, por isto fica a questão: Por que com Iemanjá tem que ser diferente? O respeito a natureza está ligada de forma natural e diretamente a fé, as tradições, costumes e práticas religiosas dos Umbandista e Candoblecistas, portando é nossa obrigação rever velhos costumes e práticas, que por décadas vem provocando um impacto ambiental degradante e uma imagem distorcida da própria comunidade.
Temos que parar de poluir, degradar e sujar o meio ambiente, com nossas oferendas e trabalhos, que podem ser diferentes e ajustados a nova realidade e necessidade de se olhar a natureza com mais respeito.
Queremos com este clamor, chamar a atenção dos religiosos, para fazerem parte ativamente desta mobilização e conscientização, onde é mais que necessário revemos práticas e posturas que depõem contra a nossa imagem e a natureza. O primeiro passo, para que nossos objetivos possam ter o exito desejado, é necessário estimular o uso de materiais biodegradáveis na confecção das tradicionais lembranças para Iemanjá (balaios, barcos e outros). Na forma habitual praticadas nas oferendas, os residuos utilizados, levam centenas ou até milhares de anos para se decompor. O isopor do barquinho, flores de plástico e vidro, fazem com que os peixes, aves marinhas, baleias e tartarugas - propensos à ingestão desses resíduos, tem provocado a morte deste animais.
Não podemos ser degradadores, predadores e violentar a natureza com nossas atitudes inconsequentes, sem enchegar a atual realidade ambiental
Com a necessidade de se preservar a natureza, se mistura também, a urgência, na luta contra a imagem distorcida, que as pessoas leigas e intolerantes tem contra nossa comunidade e usam de nossas práticas, para nos atacar. É passada a hora. Temos que refletir sobre o papel de cada um dos religiosos perante a sociedade, e entender, que a mudança de comportamento é fundamental para manter a natureza saudável e, simultaneamente, fazer frente a intolerância e racismo religioso. Para esta nova realidade, não é necessário perder o encanto, mágia, ritualística e importância das cerimônias em homenagear nossa Mãe Iemanjá. Os presentes podem e devem ser com o uso de flores naturais, frutas e os barquinhos e balaios devem ser construídos com materiais biodegradáveis. E nas oferendas, os perfumes e sabonetes devem ser ofertados sem a embalagem, ou seja, os presentes não podem conter plástico, vidro nem isopor. As rosas devem estar limpas de espinhos.
Assim, colocado de forma simples e direta, sabemos que é possível fazer os ajustes necessários e construir nosso balaio ou barquinho, utilizando apenas objetos não poluentes e, simultaneamente, manter a relação tradicional e essencial que a Umbanda e o Candomblé tem com seu sagrado e deve ter com a proteção ambiental.
Entre os itens nos balaios e barquinhos, feito com folhas ou papel, estão as comidas, doces, perfume e sabonete (sem a embalagem) e flores naturais.
Conscientizado? Então se una a este movimento, propague e pratique estas ações, na realização de sua oferta para Mãe Iemanjá e vamos juntos realizar uma grandiosa homenagem, produzindo as oferendas respeitando a natureza, para não sujar ainda mais o espaço sagrado de nossos orixás, pois se lembre, a praia é o grande cemitério, conhecido como caluga grande e o mar é o reino de nossa Iemanjá.
Compartilhe com seus amigos, irmãos de fé, ajude a ampliar este movimento de conscientização.
Neste site, no blog, temos um artigo especial, que ensina fazer um barquinho de papel totalmente biodegradável. O trabalho de fazer, já fará parte de sua homenagem, se organize com seus irmãos de fé, ainda da tempo.
CONSORCIO DE FEDERAÇÕES PARTICIPANTES DA ORGANIZAÇÃO FESTA IEMANJÁ PRAIA GRANDE-SP www.festadeiemanja.com.br
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